De antemão, afirmo: no Brasil, parir do jeitinho que a gente quer é um ato revolucionário. Escolher o tipo de parto que você deseja requer muito cuidado, muita pesquisa e muita certeza. A gestação em si já traz um novo leque de informações e conhecimentos. Dito isso, é válido afirmar que para o parto não é diferente.
No Brasil, existem dois tipos de partos mais realizados: o parto normal e o parto cesário. Apesar do cesariano ser o parto indicado apenas em casos de riscos, por aqui somam 40% dos partos realizados. Sim, sem indicação real.
Pensando nisso, gostamos e fazemos questão de lembrar a divindade que é o corpo da mulher! Sendo perfeito para gestar, parir e amamentar. Contudo, há um desencorajamento muito presente impregnado na sociedade, onde afirma-se que não somos fortes o suficiente. Como assim? Sou forte o suficiente para gestar, mas não para parir?
Portanto, desde já orientamos: pesquise bastante antes de se decidir, e além de tudo, saiba que é o seu corpo, então, são as suas regras.
É válido afirmar que, primeiramente, não estamos fazendo um levante contra o parto cesáreo. Não, claro que não. Contudo, estamos explicando que não faz sentido 40% dos partos realizados em um país, seja através de uma cirurgia de emergência marcada. Segundamente, sempre iremos esclarecer e buscar pela retomada do que é natural para nós mulheres. Parir é natural. Seu corpo é feito para parir.
O que é o plano de parto?
Existe um documento super importante para que as suas escolhas sejam respeitadas: o plano de parto. Como ele, você consegue orientar a equipe médica sobre as suas escolhas em vários cenários possíveis. Por isso, o pré-natal é tão importante, pois através dos exames e das consultas, você saberá qual parto se encaixa melhor com a sua realidade. Além disso, você consegue prever os riscos.
Conheça os tipos de parto

A princípio, a gestação é um período incrivelmente especial, mesmo quando não planejada, para a maioria de nós. Depois do positivo, vem aquele mix de sentimentos: alegria, medo e ansiedade. Juntamente com esse mix de sentimentos vêm as dúvidas: e agora, o que fazer? Por onde começar? O que eu devo saber?
Tudo isso é normal, e é válido, sobretudo, lembrar de que cada gestação é única. Portanto, a sua experiência será uma, da sua amiga, vizinha, prima, serão outras. Então, saiba se respeitar durante esse período, e reconheça as particularidades de cada uma.
Antes de mais nada, a decisão sobre como você quer parir, é uma das mais significativas para a futura mamãe e seu parceiro. Então, exploraremos com carinho e informações detalhadas os diversos tipos de partos disponíveis no Brasil, proporcionando a vocês, gestantes e parceiros, uma compreensão mais completa sobre cada opção.
1. Normal:
Também conhecido como vaginal, é um processo natural que ocorre seguindo o curso tradicional do nascimento. Sobretudo, essa opção oferece uma experiência única e pode promover uma recuperação mais rápida.
2. Cesáreo:
Por vezes, a cesariana se torna necessária para garantir a saúde da mãe e do bebê. Contudo, é crucial compreender os prós e contras dessa intervenção cirúrgica, mantendo um diálogo aberto com os profissionais de saúde. Em outras palavras, um parto marcado não respeita a hora do seu bebê.
3. Na Água:
Optar pelo parto na água proporciona um ambiente aquático que visa tornar a transição do útero para o mundo exterior mais suave e relaxante. Ou seja, essa escolha oferece uma experiência única e tranquila.
4. Cócoras:
A posição de cócoras durante o parto é uma prática antiga que favorece a descida natural do bebê, proporcionando uma abordagem mais fisiológica e respeitosa ao processo de nascimento.
5. Humanizado:
O parto humanizado coloca a gestante no centro do processo, priorizando suas escolhas e proporcionando um ambiente acolhedor. Esse modelo visa integrar o cuidado humanizado, promovendo o bem-estar emocional e físico da gestante.
6. Leboyer:
Desenvolvido pelo obstetra Frédérick Leboyer, esse método destaca uma abordagem suave e respeitosa ao nascimento. A criação de um ambiente tranquilo e penumbroso busca garantir os primeiros momentos de vida do bebê em paz.
7. Natural:
O parto natural valoriza a fisiologia do processo, buscando interferir o mínimo possível e permitindo que a natureza siga seu curso. Essa abordagem respeita o tempo da gestante e do bebê.
8. Cesárea Humanizada:
A cesárea humanizada busca tornar o procedimento mais acolhedor, permitindo a participação ativa da mãe e criando um ambiente calmo e receptivo.
Lei do direito a acompanhante de parto

Existe uma lei federal que garante às parturientes o direito a acompanhante durante todo o processo do parto, a lei 11.108/2005. Isso mesmo: antes, durante e depois. Essa lei é para o SUS, e o acompanhante é escolhido pela gestante, podendo ser homem ou mulher.
Antes de tudo, já orientamos que as gestantes saibam escolher o acompanhante. Sendo assim, opte por alguém que vai dar o apoio necessário, e descarte alguém que poderá ficar fora de si. Pois, esse processo pode ser cheio de emoções, e o acompanhante deve dar suporte à parturiente.
Existem leis estaduais que garantem a presença da doula juntamente com o acompanhante, e não um ou outro. Pesquise sobre isso no seu estado e se informe. Dito isso, não se esqueça de alocar no seu plano de parto sobre as suas escolhas.
Resumo desse artigo:
- Parir, como a gente quer, é um ato revolucionário, então, faça a sua revolução acontecer;
- Seu corpo, suas regras;
- Você é feita divinamente para parir;
- Antes de qualquer coisa, faça o seu plano de parto;
- Saiba sobre os principais tipos de partos: normal, cesáreo, natural, humanizado, na água, cócoras, Leboyer, humanizado e cesárea humanizada;
- Conheça a lei federal que garante um acompanhante durante todo o processo do parto;
- Conheça as leis estaduais que garantem a presença da doula juntamente com o acompanhante.
Independentemente do caminho escolhido, a base para a tomada de decisões conscientes está na informação sólida e no diálogo aberto com profissionais de saúde. Essa jornada de trazer uma nova vida ao mundo é única para cada gestante, e que ela seja marcada por amor, respeito e cuidado.Portanto, converse com sua equipe de saúde, uma doula ou outro profissional de apoio para garantir que suas escolhas estejam alinhadas com suas necessidades individuais.